Examples of using "Anchises" in a sentence and their portuguese translations:
"Tu és então aquele Eneias que a alma Vênus / gerou de Anquises, o dardânio, às margens / do frígio Simoís?!"
Ele admitiu ser dupla nossa estirpe / e algo imprecisas as linhagens ancestrais, / e atribuiu seu recente erro ao fato / de haver lembrado apenas Teucro em Creta, / esquecendo de Dárdano na Ausônia.
Confio Anquises, Iulo e os penates troianos / aos meus amigos e os escondo no recesso / de um vale próximo.
Meu pai exclama: “Com certeza esta é a famosa / Caríbdis, estes são os pavorosos / cachopos de que Heleno nos falava. / Livrai-nos deste caos, meus companheiros, / atirai-vos aos remos com vontade!”
Aprestar os navios manda Anquises, / para largar enquanto o vento é favorável. / Respeitoso, dirige-lhe a palavra / o intérprete de Apolo: “Anquises, tu que foste / considerado digno da sublime / união com Vênus, ó mortal aos deuses caro, / que foste salvo de ambos os excídios / de Pérgamo, eis da Ausônia a terra é teu solar; / solta as velas e vai a ela aportar. / Mas é preciso que navegues para além / da costa próxima, porque da Ausônia a parte / que te franqueia Apolo, fica do outro lado. / Parte, ó pai venturoso, que contigo / levas o amor e a devoção do nobre filho. / E é só, não devo retardar-te com discursos, / quando os austros começam a soprar.”
Em atitude suplicante, Anquises, / na praia oferecendo sacrifícios / adequados, invoca as grandes divindades: / “Ó deuses, impedi que se cumpra essa ameaça! / Para longe afastai tal desventura, ó deuses! / Atendei-nos, poupai esta gente piedosa!”
Quando chego, porém, ao solar pátrio, / antigo lar de tantos ancestrais, / meu pai, a quem vou logo procurar, / desejando levá-lo incontinenti / para as alturas do Ida, se recusa / a prolongar a vida e suportar o exílio, / deixando atrás de si Troia arrasada.
E o pai Anquises: “Guerra! – exclama ao vê-los – / é o que anuncias, terra, ao receber-nos, / pois os cavalos se armam para a guerra / e estes aqui de guerra ameaça representam. / Certo, porém, é que esses mesmos animais, / atrelados não raro ao carro, docilmente / o freio aceitam sob o jugo; assim, também / pode de paz considerar-se o augúrio.”
Ânio, que o cetro de regente ostenta / e o sacerdócio exerce, as têmporas cingidas / do loureiro febeu e de ínfulas sagradas, / ao nosso encontro vem, e, o velho amigo Anquises / reconhecendo, hospitaleiro nos aperta / as mãos e nos conduz ao seu palácio.
Meu pai nos aconselha a, recruzando o mar, / de novo em Delos recorrer a Apolo: / ao deus pedir clemência, perguntar / onde devemos procurar o termo / de nossas aflições, remédio para tantos / males e angústias; que outro rumo nos prescreve.
Então meu pai Anquises / cinge de uma grinalda grande taça, / enche-a de vinho puro e invoca os deuses, / de pé no alto da popa: “Grandes numes, / que poder tendes sobre o mar e a terra, / ó senhores do tempo, concedei-nos / ventos propícios e feliz navegação!”
Mas, contente, / meu pai Anquises ergue os olhos para o céu / e, as mãos e a voz aos astros elevando, / “Onipotente Júpiter, suplica, / se de algum modo humanas preces te comovem, / ao menos lança sobre nós o teu olhar; / e, se nossa piedade algo merece, / confirma-nos, ó Pai, esse presságio.”
Logo que chega a primavera, Anquises manda / largar as velas aos caprichos do destino. / Então com lágrimas nos olhos vou deixando / o porto, o pátrio litoral, toda a planície / onde um dia foi Troia. Ao mar me entrego, / qual exilado, com meu filho, os companheiros, / nossos penates, nossos grandes deuses.
Atônito de tal visão e da mensagem / dos deuses (não, não era aquilo um sonho, / pois eu podia distingui-los muito bem / diante de mim, reconhecer-lhes as feições, / ver as sagradas fitas a adornar-lhes / os cabelos; demais, um suor frio / o corpo todo estava me banhando), / salto da cama e, aos céus voltando as palmas / das mãos, faço uma prece e, segundo o ritual, / libações ofereço aos santos lares. / Serenado por esse sacrifício, / de tudo presto minuciosa conta a Anquises.