Examples of using "Bords…" in a sentence and their portuguese translations:
Cuidado com as ribanceiras.
Espero que a corda aguente contra as arestas afiadas.
O problema é que as arestas são muito afiadas.
As suas folhas extremamente afiadas cortam como lâminas.
"Vamos, / levanta-te e ao bom pai vai transmitir / a divina resposta alvissareira, / que ninguém pode mal interpretar. / Que se procure Córito, na Ausônia. / Júpiter nega-te os cretenses campos."
"Mas, e tu, que bons ventos do destino / dirigiram teu curso, sem o saberes, / às nossas praias, que divino ser te trouxe?"
"Tu és então aquele Eneias que a alma Vênus / gerou de Anquises, o dardânio, às margens / do frígio Simoís?!"
"Porém, não cingireis de muros a cidade / que vos é destinada, antes que a fome / mais pungente vos force, por castigo / desse ataque ultrajante que sofremos, / a roer e devorar as vossas próprias mesas.”
Meu pai exclama: “Com certeza esta é a famosa / Caríbdis, estes são os pavorosos / cachopos de que Heleno nos falava. / Livrai-nos deste caos, meus companheiros, / atirai-vos aos remos com vontade!”
"Um vetusto país há, pelos gregos / chamado Hespéria – glebas férteis, aguerrida / gente –, colônia primitiva dos enótrios. / A descendência destes, reza a tradição, / agora denomina Itália essa nação, / tributo a Ítalo, um de seus prístinos reis."
Canto a gesta do herói que por primeiro / foi trazido por obra do destino / desde as costas de Troia às de Lavínio, / na Itália.
Tal mensagem de Apolo nos alegra, / mas gera grande confusão: todos perguntam / a que lugar o deus manda os errantes / troianos, convidando-os ao regresso?
Os que a vida preciosa ainda conservam / definham, corpos lânguidos arrastam; / Sírio, a Canícula, ademais, abrasa os campos / e os deixa estéreis; estorrica a plantação / e, enfermos, os trigais o pão nos negam.
"E os fugitivos ao local chegaram / onde – logo o verás – se eleva agora / a imponente muralha e está surgindo / a jovem cidadela de Cartago, / também chamada Birsa, pelo fato / de seu terreno ter, ao ser comprado, / a superfície que pudera ser cercada / com uma pele de touro (feita em tiras)".
"Sou Eneias; / aos deuses fiel, conduzo em minha frota / os Penates troianos resgatados / do inimigo; meu nome é proclamado / em toda parte e já chegou aos astros. / Vou em busca da Itália, a terra de meus pais; / do deus supremo, Júpiter, descendo".
Cedo deixamos de avistar as altanadas / cidadelas feácias; perlongamos / o litoral do Epiro; o porto da Caônia / adentrando, atingimos a cidade, / empoleirada numa encosta, de Butroto.
Num lugar retirado existe uma baía, / em cuja barra ilha oportuna quebra / com seus flancos a força do mar alto, / bom porto oferecendo em duas enseadas.
"Que nos seja / permitido varar a frota fraturada / pelos ventos, cortar em vossos bosques / madeira para as quilhas, para os remos, / a fim de que – se a Itália nos espera / e se recuperarmos companheiros / e nosso príncipe – felizes retomemos / a rota que traçamos para o Lácio".
"Ansioso e preocupado a caminhar, / encontrarás um dia enorme e branca porca / deitada à margem de remoto rio, / recém-parida, à sombra de azinheiras, / amamentando trinta brancos leitõezinhos. / Pois em tal sítio vais fundar tua cidade / e finalmente descansar de teus labores."
"Ânimo, pois, vamos seguir a rota / que os deuses nos indicam. Propiciemos / os ventos e partamos para o reino / de Cnossos, que daqui não fica longe; / se nos assiste Júpiter, a frota / em três dias fundeia em litoral cretense.”
Depois me diz: “Meu filho, que o destino / de Ílion tem posto à prova, tais sucessos / Cassandra apenas eu ouvi vaticinar, / aludindo a essa terra, agora lembro, / aos nossos destinada e que por vezes / ela chamava Hespéria, Itália às vezes."
No meio da floresta se depara / com sua mãe: dir-se-ia pelos traços, / pela maneira de vestir e até / pelas armas que traz, uma jovem de Esparta; / ou, pela forma como cansa a montaria, / a trácia Harpálice, vencendo na carreira / o Hebro veloz.
Sobre a mesa ela verte as primícias do vinho, / e tendo feito, assim, a libação dos deuses, / só com a ponta dos lábios toca a borda / da taça, que em seguida entrega a Bítias, / irônica exortando-o a beber; / sem perder um segundo ele mergulha / na pátera espumante o rosto e sorve / sofregamente o conteúdo até enxergar / o ouro no fundo; os outros próceres completam / a rodada.
"Do litoral de Troia se avistava / Tênedos, ilha que ficou famosa / e prosperou sob o troiano cetro / (hoje não passa de inseguro ancoradouro); / os gregos para lá se transferiram, / na retirada costa se escondendo."
Dito e feito. De pronto Palinuro / vira a bombordo a rangedora proa, / e o restante da frota à esquerda se mareia, / à ação dos ventos a dos remos se somando.
Pensei: “Não é que ela vai mesmo, sã e salva, / ver Micenas, Esparta, esposo, pais e filhos, / à pátria regressando em triunfo, qual rainha / à frente de um cortejo de mulheres / de Ílio e de toda a Frígia escravizadas! / Depois de Príamo haver sido morto a espada! / Depois de Troia ter ardido em vasto incêndio! / Depois de o litoral dardânio tantas vezes / ter-se embebido em nosso sangue!"
Salvo das ondas, ilhas do mar Jônio, / em grego Estrófades chamadas, me recebem / em suas praias; nessas ilhas moram / a terrível Celeno e as mais harpias, / desde que do palácio de Fineu / foram tangidas, afastando-se medrosas / daquelas mesas que antes frequentavam.
"Além do mais, se alguma ciência tem Heleno, / se neste vate crês, se de verdades / o coração me inunda Apolo, quero dar-te, / filho de Vênus, um conselho, que entre todos / é sem dúvida o mais considerável / e não me cansarei de repetir: / seja o primeiro objeto do teu culto, / de Juno excelsa a divindade; com desvelo / dirige-lhe teus votos e conquista / com súplicas e dons a poderosa deusa, / e quando, finalmente, a tiveres propícia, / deixarás a Trinácria e irás à Itália."
Já todos os navios se encontravam / na praia em seco; a juventude já tratara / de arranjar casamento e cultivava os campos; / eu definia normas de conduta / e locais onde surgiriam novas casas, / quando uma peste repentina assoladora, / de causar dó, pelo ar mefítico trazida, / homens e plantas e searas contamina, / ceifando vidas e esperanças de colheita.
E o pai Anquises: “Guerra! – exclama ao vê-los – / é o que anuncias, terra, ao receber-nos, / pois os cavalos se armam para a guerra / e estes aqui de guerra ameaça representam. / Certo, porém, é que esses mesmos animais, / atrelados não raro ao carro, docilmente / o freio aceitam sob o jugo; assim, também / pode de paz considerar-se o augúrio.”
Avistamos o golfo de Tarento, / a cujas margens Hércules fundou, / se é verdadeira a tradição, a vila / que deu nome à baía; à frente surgem / o templo de Lacínia, as torres de Caulônia / e o Cilaceu, que despedaça embarcações.
Logo que chega a primavera, Anquises manda / largar as velas aos caprichos do destino. / Então com lágrimas nos olhos vou deixando / o porto, o pátrio litoral, toda a planície / onde um dia foi Troia. Ao mar me entrego, / qual exilado, com meu filho, os companheiros, / nossos penates, nossos grandes deuses.
"Se algum dia eu sulcar águas do Tibre / e arar campos por onde o Tibre corre; / se me for dado ver erguida a fortaleza / que lá estaria reservada á minha raça, / essas cidades, que serão de mesma origem, / essas nações irmãs, uma no Epiro / e outra na Hespéria, ambas de Dárdano provindo / e partilhando históricos eventos, / irão se unir, formando uma só pátria, / duas Troias, assim, transformando-se em uma. / Que de cumpri-lo os nossos pósteros se incumbam!”
"Essas terras outrora um só bloco formavam, / mas um violento terremoto – é o que se conta – / da Hespéria desmembrou de hoje a Sicília / (o que não muda ao longo das idades!), / e entre as duas o mar com ímpeto irrompeu, / formando um braço, e em litorais distintos / agora banha campos e cidades."
Mal perdiam de vista as terras da Sicília / e em rumo do alto mar alegres velejavam – / brônzeas proas sulcando as ondas espumosas – / quando Juno, em seu peito conservando / incurável ferida, a si mesma dizia: / “Será preciso que da empresa começada / eu desista vencida, sem poder / da Itália o rei dos teucros afastar, / porque sou impedida pelos fados?"
Aprestar os navios manda Anquises, / para largar enquanto o vento é favorável. / Respeitoso, dirige-lhe a palavra / o intérprete de Apolo: “Anquises, tu que foste / considerado digno da sublime / união com Vênus, ó mortal aos deuses caro, / que foste salvo de ambos os excídios / de Pérgamo, eis da Ausônia a terra é teu solar; / solta as velas e vai a ela aportar. / Mas é preciso que navegues para além / da costa próxima, porque da Ausônia a parte / que te franqueia Apolo, fica do outro lado. / Parte, ó pai venturoso, que contigo / levas o amor e a devoção do nobre filho. / E é só, não devo retardar-te com discursos, / quando os austros começam a soprar.”